Localizado em uma reserva florestal da Mata Atlântica, na Serra do Japi em Jundiaí (SP), o projeto do novo Centro de Pesquisas e Tecnologia da Mahle Metal Leve, que leva a assinatura dos arquitetos Roberto Loeb e Luis Capote, é a verdadeira união da tecnologia e da sustentabilidade.

Por se tratar de uma área de preservação ambiental e de terreno irregular, todo o projeto foi concebido para respeitar essas características e, o objetivo era adaptar o edifício ao solo íngreme. Para isso, a dupla usou de volumetria baseada em semicírculos escalonados: o conjunto divide-se em três anéis incrustados nas encostas do terreno, cada um com dois pavimentos e cerca de 10 cm de desnível entre eles. 

Os anéis foram construídos a partir de peças de concreto, pré-moldadas, ou in loco, respeitando as especificidades de cada trecho. A tecnologia do aço, por sua vez, garante rapidez e praticidade para os brises, que contornam a fachada e a marquise, protegendo a área de embarque e desembarque no primeiro pavimento.

Os brises, que também favorecem conforto térmico sem barrar a entrada da luz natural, são compostos por chapas metálicas, onduladas e perfuradas. Estas são instaladas sobre grandes panos de vidro, que proporcionam uma bela vista para a mata.

A marquise sobre o estacionamento, por sua vez, é composta por telhas trapezoidais do tipo sanduíche com isolamento termo-acústico. “Além do alto desempenho, as peças metálicas permitiram que chegássemos a um balanço de 7,5m, por meio de um sistema de pórticos engastados nos pilares de concreto”, completou o engenheiro responsável pela obra, Renato Gioielli à Arquitetura e Ação

A integração entre a arquitetura e a paisagem é uma marca registrada de Loeb, conhecido por projetar parques industriais, com o intuito de valorizar as relações humanas e o bem-estar dos funcionários.

Seguindo esta linha, neste projeto o arquiteto optou por valorizar também a atmosfera high-tech, que a companhia traz consigo, e sistemas construtivos racionais.

Texto adaptado da revista Arquitetura & Aço